Tire seus tabus dos meus direitos

Por Pollyanna Caroline

Sou assumidamente feminista, defendo os direitos das mulheres de se equipararem em direitos aos homens. Mas sempre fui contra os extremismos, acho que extremo beira o irracional. Assim como o preconceito, como o próprio nome já diz, conceituar previamente, sem conhecer.

É tão cansativa essa gente que rotula; “essas feministas amargas e mal amadas!”, “essa mulherada querendo ser igual aos homens”… e blá, blá, blá. Alto lá meu amigo! Amarga e mal amada? Trata-se disso lutar por direito e respeito, agora?! Lutamos sim, para nos equipararmos, mas em questão de direito, aceitação, respeito.  Não, nós não queremos ser literalmente iguais a vocês. É uma questão histórica a mulher ser tratada no pejorativo, e uma hora essa história tem que mudar, não é?!

Eu sempre defendo que o conceito é válido desde que , quando aplicado a ambos os sexos, seja igualmente justo, ou seja, chega dessa balela de que mulher dirige mal, meu bem. Já vi tanto homem barbeiro, e tanta mulher dando de mil nessa “macharada”!

Certa vez, em um papo de boteco, ouvi o seguinte absurdo: “Eu quero que a minha mulher trabalhe, mas quero ter condições pra que quando tenhamos um filho ela pare de trabalhar e se dedique exclusivamente a família.” Legal Bonitão, e o que a sua MULHER vai querer, já parou pra pensar?! Suponhamos estudar, trabalhar, ralar e, quando finalmente estiver alcançando o foco, largar tudo, porque seu companheiro é egoísta o suficiente para não pensar que a sua realização pessoal possa vir a ser a profissional!  Mais uma vez, em pleno século XXI o patriarcado chato! O “cavalheirismo” ultrapassado.

E a velha historia da mulher “fácil”?! O velho tabu, do garanhão e da “vadia”, o pegador que “come todas”, e aquela garota fácil que transou na primeira noite, ou que “já saiu com o meu amigo”. Eles não gostam de doce na hora H, mas acham que se torna muito fácil se conseguir de primeira. Oi?! Em que mundo você vive, meu bem?! Desde quando mulheres são bonecas de louça desprovidas de desejos carnais? E a liberdade de interesse? Quem foi o retrógrado que nos tirou isso?! Nesse mundo cada vez mais conectado de inúmeras formas, sabe qual a chance de fugir de um circulo de amizades?!

Difícil é agradar… Alias, esse é o ponto crucial. Não acho que se trate de uma questão de agradar a um segundo ou terceiro, trata-se de agradar a si própria, fazer o que nos faz feliz. Depilo-me porque gosto, me sinto bem e limpa, não porque sou mulher e por ser mulher preciso depilar(homens peludos também não são legais!). Me arrumo, vou ao salão, uso salto e maquiagem, porque faz bem à MINHA autoestima, não pra agradar aos homens e nem causar “inveja” às mulheres, como dizem muitos clichês. Elaboro minha meta profissional, trabalho, sou financeiramente independente, faço sexo por amor, faço sexo sem amor,  namoro quando gosto e quando namoro sou fiel, e fim. Sou feliz! Faço o que me faz bem, e não faço mal a ninguém!

Essa ditadura patriarcal é muito injusta, e por sorte já tem caído por terra. Já existem muitas mulheres no mercado de trabalho, sendo merecidamente reconhecidas, homens metrossexuais e/ou homens feministas, que acreditam que os direitos e deveres são iguais, que nos enxergam além das quatro paredes, nos respeitam pelo que somos, quem somos.

Entendam: sempre temos muito mais que o seu conceito machista permite enxergar, a oferecer, mesmo existindo pessoas que simplesmente não mereçam conhecer este nosso lado.

Julgue menos e ame mais! Olhe um pouco para o seu querido umbigo! Todos devem ter direitos iguais, independentemente de gênero! E o principal deles, o de ser feliz, é imensurável!

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